sábado, 27 de junho de 2009

Desculpe o transtono


No mês passado fui profundamente impactado com um estudo, inicialmente despretensioso, mas que Deus transformou num grande e “transtornante” mover.

Temos um triste hábito de nos acomodar nos bancos da igreja, descansar no conforto dos templos e nos esquecemos que ao assumirmos um compromisso com Jesus nos tornamos ao mesmo tempo soldados de uma guerra muita além da nossa visão carnal, de uma luta muito maior que a Terra que vivemos. É muito comum nos tornarmos meros espectadores do mundo (que caminha para o inferno) quando estamos "em Cristo", a espera da triunfal coroação daqueles que tem sua esperança "nesse evangelho" (com letra minúscula mesmo).

Bem, voltando à pregação que comentei no início, sua frase principal era: "desculpe o transtorno". No livro dos Atos dos Apóstolos é possível observar o quanto a Igreja (essa com letra maiúscula mesmo) passou por momentos de perseguição e até de bênção por conta do transtorno que causava a sociedade. Os primeiros crentes tinham prazer em se mostrar como expressão do Evangelho de Cristo de fato pregava em tempo e fora de tempo, buscavam viver segundo o chamado e a ordem do Senhor em direção aos povos, o ide.

E o que me incomoda hoje é justamente o contrário. Nós nos tornamos ratos de templos, buscamos cada vez mais intimidade com os rituais e ordens da instituição igreja e já não apenas não incomodamos a sociedade com as palavras do Evangelho verdadeiro, como nos tornamos parte integrante dela (a sociedade), fazendo parte da sua "roda viva", do seu círculo vicioso.

Nosso compromisso com o Senhor das nossas vidas, Jesus, é viver por Ele mostrando ao mundo sua mensagem e o testemunho da sua cruz. Esse fato é transtorno para o mundo porque quebra justamente os conceitos mundanos, fazendo resplandecer somente a glória da sua majestade; isso incomoda. A mensagem de Cristo e seus feitos transtornam e transformam. Mas nós, a noiva-igreja, já não causamos transtorno (transformação), passamos a acariciar as vaidades desse mundo e do nosso ego.

Existe um campo branco pronto para a ceifa e existe um estoque inesgotável de sementes do Evangelho à nossa disposição, será o que nos falta?

Ao redor do mundo países inteiros caminham em direção à morte, missionários são perseguidos, nas nossas esquinas pessoas são entregues nas mãos do Inimigo dia e noite e quando somos chamados para fazer o que é destinado a nós mesmo fazermos, simplesmente nos esquivamos. Uma oração a mais nos incomoda, informações sobre campos missionários, sustento missionário não é do interesse. É profundamente triste perceber que não damos o valor real a Missões, quando na realidade essa é nossa principal meta enquanto ainda habitamos nesse mundo passageiro e fadado ao inferno.

Queridos, existe um chamado para todos aqueles que O amam, independente de denominação, de lugar, de tempo de conversão. É para todos em todo o tempo. Amemos os que ainda não perceberam seu vazio e sua necessidade de Jesus, respiremos o Reino e o amor que flui dele. A obra missionária é pra ser vivida em todo momento, é cotidiana. Vamos transtornar o mundo como Jesus fez, vamos transtornar para que vejam o poder transformador DAquele que nos chamou: JESUS.

Um comentário:

  1. Caramba. Que porrada hein Dan... Esse era o evangélio (minúsculo..rs) que Jesus mais detestava; o farisaísmo de ficar distaído com coisas menores e negligenciar o que merece ser o centro das atenções da Igreja. "Misericórdia quero, e não holocaustos".
    Fica com Deus.

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muito obrigado pela colaboração.